Thursday, January 13, 2011

Burocracia, calcio e ambiente revolucionário

Começando com a burocracia que foi logo o que apanhei pela manhã e que normalmente estraga o dia, desta vez tenho pontos positivos a assinalar. Cheguei à secretaria da Universidade de Génova e o cartão de aluno ainda demora (normal, em Portugal também demora uns meses ainda que este não tenha função bancária por isso poderia ser mais rápido). Declaração de matrícula? Sim, é pronta. Quando olho digo-lhe que está em italiano e eu tinha pedido expressamente por escrito em inglês e também com os valores de propinas pagas. Só um momento. Pensei, pronto tenho de fazer novo requerimento e esperar 15 dias. E não é que passado 10min estava feita a tradução do documento? 1 ponto para Itália.
Sobre calcio tenho a dizer dois coisas rápidas: para quem falou do hattrick do Ronaldo neste fim de semana e do grande 3º golo vejam este 3º golo de Cavani no seu hattrick pessoal. (sim, foi com o calcanhar e não com a cabeça).

E já agora, vejam o 2ºgolo do Genoa ontem. Veloso pode não correr mas tem um pé de ouro para as bolas paradas.

Sobre o ambiente revolucionário, gostaria de vos mostrar alguns dos cartazes que encontrei espalhados pela cidade hoje.
Este, Obrigado Rapazes, com as cidades Atenas, Roma, Londres em destaque devido aos protestos estudantis recentes.

Este, anúncio de assembleia pública com o título de "A reforma passou, a raiva não" (também sobre reforma das universidades). Reparem no pormenor da caçadeira.

Este, festa de aniversário de 2 anos de ocupação num dos vários centros sociais auto-geridos que cá existem.

E este, noutro centro social chamado Zapata, com um concerto dos Ganja farmers. E para que não haja dúvidas quanto ao nome, a semiótica visual não deixa dúvidas.

Por fim, como gastronomia, o roteiro dos últimos dias abrandou e foi provocado por uma série de eventos sociais. Tenho só a dizer que hoje fui a um daqueles bares/cafés/pastelarias em que é o cliente a fazer o pedido. Isto é, o empregado chega à mesa deixa um papel e uma caneta e são os clientes a escrever os pedidos normalmente usando os códigos (e não nomes) do menu para facilitar. Acho que em Portugal isto nunca me aconteceu mas cá não é assim tão estranho. E para o jantar, vou mostrar aos italianos o que é um bom bacalhau (vindo de Portugal) assado no forno.

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