Wednesday, February 29, 2012

Roméo et Juliette

de Charles Gounod. Foi o que acabei de ver. Afinal, sem Andrea Bocelli no papel de Roméo por doença. Já domingo ele tinha cantado com dificuldade devido a uma constipação mas hoje cancelou mesmo e foi substituído pelo cantor que já ia fazer o resto das representações. Este substituto não ficou nada atrás mas foi a Juliette que teve a melhor interpretação da noite. Esta longa ópera (cerca de 3h com 5 actos) teve cenários muito bem montados e correu quase tudo muito bem. Digo quase tudo porque no final, Juliette mata-se com o punhal de Roméo quando no fim do 4º acto guarda um punhal nas suas roupas para o caso de ser necessário. E foi necessário quando percebeu que Roméo estava a morrer. Mas em vez de seguir a história não, pega no punhal de Roméo dizendo "que oportuno" e mata-se com esse. À parte isso, nada a assinalar. Ainda assim, continuo a achar que o italiano é a melhor língua para ser usada em óperas. Depois de ter visto A Flauta Mágica que ainda por cima muitas vezes era só falada e não cantada (em alemão) e este Roméo et Juliette em francês, comparando com as várias óperas italianas que vi, penso que as duas primeiras perdem. No caso do francês o exemplo que me lembrei a meio do espectáculo foi o de janela. A tradução dizia finestra (em italiano) e alguém cantava fenêtre. Penso que concordam comigo se acho finestra mais melódico do que fenêtre, tendo em conta que o r italiano não é como o francês. A próxima do calendário seria A Ópera dos 3 Vinténs que queria muito ver mas desapareceu da programação não sei porquê. Viver num país estranho tem disto.
Tal com tem faltar a água no prédio e nenhum vizinho saber resolver a situação. Aparentemente não se deve ligar para a companhia da água, primeiro liga-se ao administrador do condomínio que por sua vez liga à companhia da água transmitindo depois a resposta ao inquilino que ligou que por sua vez deve avisar os outros. That's how things work here.
Ou ainda as dificuldades para comprar um bilhete para um amigável Itália-Estados Unidos. É preciso nome completo, data de nascimento e local de nascimento para poder comprar um bilhete. Ora no meu caso eu tinha dado estes dados a um amigo para comprar por mim mas esquecera-me do local (se bem que no caso de estrangeiros basta meter sempre o país). Na FNAC, chatearam-no imenso porque era preciso o local exacto e quando finalmente ele conseguiu essa informação, a funcionária disse-lhe ah afinal o sistema só aceita o país.. Da mesma forma, dei o meu nome completo com dois nomes e dois apelidos, o que aqui é estranho pois só têm um nome e um apelido e a mesma funcionária cheia de problemas para ter o nome exacto completo bem escrito quando depois afinal na impressão do bilhete as letras eram comidas.. Mais papistas que o papa..

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