Friday, October 21, 2011

Breves reflexões sobre ópera

Vi há pouco A Flauta Mágica aqui em Génova. Foi a abertura da temporada e a sala estava quase cheia. Digo quase porque o balcão estava quase vazio, enquanto que a plateia estava lotada. Não deixa de ser curioso que os lugares mais baratos fossem os que estivessem vazios. Muito provavelmente, porque com a crise quem tem menos dinheiro deixa de ir enquanto que os mais ricos continuam a poder pagar bilhetes de plateia. Adiante. Como disse a Presidente da Câmara de Génova no Twitter, a sala estava cheia de jovens. E quando digo jovens refiro-me a menores de idade. Vêem-se também muitos grupos organizados de escolas em "viagens de estudo" à noite na ópera e no teatro sempre, muitos mais que em Portugal certamente. No início, todos de pé para ouvir o hino italiano, não sei se funciona assim também no São Carlos mas acho que não faz sentido. Até porque hoje a ópera era alemã, Die Zauberflöte. O palco estava muito bem decorado ou não fossem os cenários de Emanuele Luzzati, nomeado duas vezes para o Óscar na categoria de Curtas de animação. E os intérpretes eram bravissimi como se diz em italiano. Mas estando habituado a ver óperas em italiano fez-me um bocado de confusão esta em alemão. Até porque nem gosto muito da língua e muitas passagens eram faladas e não cantadas. Mas a música de Mozart vale sempre a pena. E as árias famosas foram de arrepiar de tal beleza.

PS: A mesma presidente da Câmara confessou no Twitter que não teve tempo de mudar de roupa e que esperava que ninguém reparasse. Hello, há mais gente que vai à ópera em Génova e tem twitter..

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