Friday, January 27, 2012

Repugnante

foi o que se passou hoje em Itália. Não, não falo do sismo de 5.2 na escala de Richter aqui a 90km que senti. Falo nas declarações relacionadas com o Dia da Memória das vítimas do Holocausto. Se por um lado, o Movimento 5 estrelas, a coqueluche dos partidos pequenos italianos, disse "talvez o nazismo tenha sido mais soft que o sionismo", por outro o editorial do Il Giornale passou completamente as marcas. Este jornal, detido pelo irmão de Berlusconi quis responder ao Der Spiegel que há 4 dias publicou um artigo de opinião muito forte contra os italianos com frases como "alguém acredita que o navio afundava se o comandante fosse alemão ou inglês?". Para o Il Giornale, o protesto do embaixador italiano em Berlim não foi suficiente e vai daí escreveu um editorial contra os alemães também muito forte. O título que estava em letras maiúsculas na capa era "A nós Schettino, a vós Auschwitz". Schettino era o comandante do Costa Concordia. Auschwitz não preciso de explicar o que é. A comparação por si mesma é gravíssima mas fazê-la no dia em que se celebram 67 anos da abertura dos portões de Auschwitz pelos russos é nojenta, execrável, repugnante e todos os adjectivos semelhantes. O editorial acaba com "Nós podemos ter Schettino, mas a eles Auschwitz ninguém lhes tira".

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