O político italiano mais transformista de sempre

Foi assim definido Vittorio Sgarbi. É realmente uma personagem e pêras. Hoje disse que provavelmente se candidataria no partido de Berlusconi mas que vai votar extrema-esquerda (Esquerda, Ecologia e Liberdade - SEL). Mas o passado é que é giro. O ano passado, a sua câmara municipal foi demitida em bloco pelo Governo devido a "infiltrações mafiosas" apesar de ele ser anti-máfia, ter feito um museu sobre esse tema e proibir energia solar e eólica porque diz que são áreas cheias de mafiosos. Mas recuemos no tempo. Em 2011, não conseguindo encontrar um bom vice-presidente da câmara lançou um concurso público que só admitia mulheres entre os 25 e 45 anos para este lugar. Nesta mesma câmara, nomeou um cantor famoso assessor para a ebriedade e três artistas assessores para o nada (e um polícia assessor para a anti-máfia). Nesta câmara era apoiado pelos centristas democratas cristãos. Mas nos 2 anos anteriores (2006-2008) era assessor para a cultura em Milão nas listas da coligação de Berlusconi. Em 2006 ainda esteve com uma lista de consumidores que apoiava o centro-esquerda nas eleições legislativas. Em 2005 deixou a coligação de Berlusconi para se candidatar nas listas do centro-esquerda mas foi impedido por uma regra da coligação de Prodi que impedia candidatos que tivessem estado nos últimos 2 Governos Berlusconi de entrarem na sua coligação. Em 2004 esteve com o Partido Republicano Italiano. Entre 2001 e 2002 fez parte de um Governo Berlusconi como subsecretário de Estado. De 2001 a 2006 foi deputado do partido de Berlusconi. De 1996 a 2001 fundou um partido liberal em seu nome depois de ter sido eleito para o parlamento nas lista de Berlusconi. De 1994 a 1996 também foi eleito numa coligação de Berlusconi ligado ao Partido Radical. De 92 a 94 foi eleito deputado regional no Partido Liberal. Entre 90 e 92, perdeu umas eleições autárquicas com o Partido Comunista Italiano, ganhou um lugar de vereador com o Partido Socialista Italiano e passou a presidente da Câmara com os Democratas Cristãos e o Movimento Social Italiano (neofascistas). Criou também em 1995 o Partido Federalista e já esteve na União Monárquica Italiana. Acho que mais partidos que isto é impossível em Itália. PS: Reconheceu 3 filhos de boa vontade ainda que dizendo que não pertence à categoria dos pais e que foram as mulheres a querer ter filhos dele mas que é contrário à paternidade. Quando condenado pelo tribunal a reconhecer um 4ª filho recentemente, declarou que tinha mais de 40. Já se definiu ateu e mais recentemente católico. Tem imensas condenações por difamação e é também crítico de arte com dezenas de livros publicados.