Wednesday, May 30, 2012

Ser turista em Itália

tem muito que se lhe diga. Como bom país latino parecido com Portugal, o chico-espertismo é desporto nacional. Então com turistas nem se fala. Ontem, tive essa prova porque fui confundido com um turista pelo simples facto de ter um guia de conversação na mão. Too bad que era de croato e não de italiano e logo tive de me chatear com o empregado que me queria dar a volta. A primeira empregada de um bar/restaurante de Génova que tem os melhores cocktails da cidade não percebeu o cocktail que pedi, possivelmente porque era nova e não conhecia bem a lista, ou então não conhecia o fruto litchi. Então chamou o colega que falava inglês. Aparece um italiano com um mega sorriso, um copo de água e um copo de vinho (vazios) na mão, pousa os copos e começa a servir vinho. Parei-o chateado e se não disparei um "che cazzo fa?" fiquei lá perto. Como se algum dia a um italiano (e logo de Génova conhecidos por serem avaros) servissem vinho sem perguntar se queria. Era claramente para me fazer consumir mais e no fim apresentar uma bela conta. Cara dele muito espantado, no? you don't want Prosecco? e eu em italiano a dizer que não, que queria o cocktail Hin Litchi e um prato de uma certa pasta tradicional de Génova com pesto. O empregado continua a falar em inglês bla bla bla e eu sempre em italiano a perguntar mas há ou não há? até que a um certo ponto disse "pode falar-me em italiano que vivo cá". Mudança total. Ah peço imensa desculpa e logo a seguir passa para um sotaque genovês forte, perde metade da simpatia e diz não não há mas temos esta pasta assim e assado. Ou seja, os genoveses conhecidos por serem maus hóspedes/pouco abertos/pouco simpáticos (e acreditem mesmo no comércio são assim), quando é para turistas já são mais simpáticos só para tentar enganar o pessoal mais facilmente. Muito espertinhos.

PS: No capítulo "coisas que não lembram ao Menino Jesus", o meu banco italiano decidiu fechar a filial, não avisar para que filial me transferiram a conta e, melhor ainda, mudar-me o IBAN. Por pouco duas transferências não foram parar a outro lado..

2 comments:

  1. Viva Fausto,

    Se são mais simpáticos para os turistas então não quero fazer ideia de como são para os locais. Em Roma, por exemplo, fui tratado com muito pouca simpatia, já para não falar das contas que nunca vêm certas.
    No campo do chico-espertismo penso que ainda não estamos à altura dos italianos :)

    Abraço,

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  2. eheh devo dizer que em Roma costumam ser mais simpáticos, logo imagina como é no Norte.. As contas é costume.. Sem dúvida, estamos um bocadinho abaixo. :)
    Se bem que tive uma experiência positiva num local até meio chique (Santa Margherita Ligure), porque pedimos o menú turístico mas depois pedi um vinho bom e aí o dono percebeu que eu não era turista. No fim, até um desconto fez!
    Abraço

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